Reestruturação de Empresas e Créditos – Uma visão integrada
Os processos de reestruturação de empresas e créditos têm uma natureza transversal, pela multiplicidade das competências que exigem e pela diversidade dos departamentos envolvidos. São, desde há muitos anos, matérias particularmente críticas da vida dos bancos e dos seus clientes. Todavia, o foco intenso que as autoridades de supervisão vêm atribuindo a este tema e os receios de um eventual abrandamento da atividade económica, vieram reforçar significativamente a sua relevância e a necessidade de adotar e implementar uma perspetiva global e coerente sobre todas as matérias com ele relacionadas.
OBJETIVO
Tratar de forma integrada os principais aspetos organizacionais e de supervisão, jurídicos e económico-financeiros, relacionais e negociais dos processos de reestruturação de empresas e créditos.
DESTINATÁRIOS
- Rede de Retalho: Diretores de Área, Gerentes, Subgerentes e Gestores
- Rede de Empresas: Diretores de Centros de Empresas, Gerentes e Gestores de Conta
- Direções de Risco/Crédito: Diretores e Gestores/Analistas
- Direções de Recuperação: Diretores e Gestores/Analistas
- Direções de Contencioso: Diretores e Técnicos
- Direções Jurídicas: Diretores e Técnicos
- Direções de Auditoria: Diretores e Técnicos
PROGRAMA
I – TANTAS REESTRUTURAÇÕES – PORQUÊ?
- Enquadramento Macro (crescimento PIB; investimento; taxas de juro)
- Estrutura de Capitais Ótima: Teoria e Realidade
- Especificidade Portuguesa – Uma Questão Económica e Cultural.
II – O “NOVO MUNDO” DA BANCA: PREVER, ATUAR, CONTROLAR
- Estruturas organizacionais
- Early Warning System
- Créditos Unlikely to Pay
- Staging e Imparidades
- Going Concern/ Gone Concern.
III – NEGOCIAÇÕES EXTRAJUDICIAIS
- Sinais de Alerta: Extração, Difusão e Ação
- O Papel Nuclear da Informação Financeira Atualizada
- “Know Your Client” (mas também os seus clientes e fornecedores)
- Manter o Cliente ou Recuperar o Crédito?
- “First In, First Out” vs. “Reação em Cadeia”
- “Compressor Temporal”: 30 a 90 dias para Avaliar, Negociar e Implementar
- Formalização e Validade Jurídica das Garantias
- Processo Negocial (número de intervenientes; técnicas e abordagens; diversos tipos de “não”: o ”não” orientado, o “não” tardio” e o “não” bluff).
IV – REFORÇO DE GARANTIAS DOS CREDORES
- Principais Tipologias (aval e fiança; hipoteca; penhor mercantil e penhor financeiro; garantia mútua)
- O Caso Específico do Leasing Imobiliário e de Equipamento e o “Lease-Back”
- Avaliações: Principais Métodos
- Condicionantes do Valor
- Valor e Preço: Teoria e Realidade
- Validade Jurídica das Garantias.
V – PER E INSOLVÊNCIA: CONCURSOS DE CREDORES – BREVE ABORDAGEM
- Intervenientes e Funções (administrador judicial provisório/administrador de insolvência; comissão de credores; assembleia de credores)
- Efeitos sobre Créditos e Ações Judiciais
- Planos de Reestruturação: Âmbito e Restrições
- Tramitação, Prazos e Votação
- Efeitos sobre Avalistas/Fiadores
- Tratamento Fiscal
- PER – Alguns Aspetos Particulares (papel dos credores no requerimento inicial; PER por homologação ab initio; garantias para o New Money)
- Insolvência – Principais Aspetos (resolução em benefício da massa insolvente; a importância da sentença da graduação de créditos; créditos sobre a insolvente vs. créditos sobre a massa insolvente).
VI – NOVOS INTERVENIENTES
- Servicers, Family Offices, Private Equity Firms, Fundos de Investimento
- Novos Investidores: Financeiros ou Estratégicos? (tempo de entrada nos processos; taxa de rentabilidade vs tempo de recuperação; preço de entrada vs preço de saída; new money e valor da empresa; flexibilidade negocial e tipo de supervisão)
- Estruturas Híbridas de Financiamento
- Fundos de Recuperação
- Registo na Central de Responsabilidades de Crédito do Banco de Portugal.
VII – ASPETOS CRÍTICOS E MELHORES PRÁTICAS
- Porque é que as Reestruturações são, por Regra, Mal Sucedidas?
- Questões Nucleares (timing; fornecedores e clientes – estratégias de envolvimento; plano de reestruturação; preservação do cash-flow e dos ativos; NPL, períodos de cura, staginge imparidades – valor intrínseco dos créditos; questões regulatórias e de supervisão).
FORMADOR: João Antas Martins
Mestrado em economia (FEP) / YMP (INSEAD)
Experiência docente (UCP e outros)
31 anos no sector bancário
16 anos como Diretor Coordenador de Recuperação
Ex-membro da “Task-Force NPL” da APB
Coordenador de respostas a entidades de supervisão (NPL, Staging, Imparidades e Modelos Organizacionais)
Conhecimento e experiência pessoal de vários modelos e estruturas de gestão de NPL e de várias reestruturações empresariais e de créditos