InforBanca 122
Caros Leitores,
Estamos a chegar ao segundo semestre de 2021 e a consolidar o desconfinamento, esperamos que de forma definitiva.
A situação atual encerra ainda alguma dualidade: por um lado, diversificam-se as variantes do vírus, o que pode alimentar o sentimento de incerteza sobre o bom controle da pandemia; por outro, o acelerar da campanha de vacinação e a expectativa de que proteja 70% da população adulta da Europa até ao verão, reforça a esperança num regresso seguro a um normal próximo daquele a que estávamos habituados... apesar de muitas das alterações que a pandemia provocou terem certamente vindo para ficar, por serem mais eficazes e mais compatíveis com os desígnios de processos sustentáveis.
A informação e o conhecimento são essenciais em qualquer processo de transformação, particularmente quando esta se opera a uma velocidade vertiginosa. Cumprindo o seu papel de estimular a reflexão dos seus leitores, este número da InforBanca apresenta temas de reconhecida atualidade e que entendemos serem centrais.
O projeto do euro digital é abordado por Fabio Panetta, que connosco partilha o estado atual da sua evolução. Salienta também os seus desígnios de beneficiar a economia e de garantir as condições para que o euro responda às exigências do futuro, garantindo, assim, os interesses dos cidadãos europeus numa Europa moderna e estável.
Inês Ramalho apresenta o importante tema da proporcionalidade no sector financeiro, enunciando as dificuldades na sua operacionalização e explicando a sua centralidade para todas as partes interessadas.
No artigo reputação, transparência fiscal, deveres fiduciários e os desafios contemporâneos, Nuno Sampayo Ribeiro convida o leitor a refletir sobre a fiscalidade e a necessidade de esta estar ancorada na transparência e na reputação.
Pedro Feliciano fala-nos sobre a tendência inelutável para a automatização de processos repetitivos e de como a sua adopção é algo mais acessível do que se possa pensar. Estimula, assim, os leitores a continuarem a transformação digital da sua atividade.
A experiência do cliente é o tópico tratado por Ofélia Malheiros que, através de uma analogia à letra de uma canção de Bob Dylan, salienta a importância de aquela experiência ser percepcionada como de qualidade. Enquadra ainda o seu impacto nas empresas, os desafios que lhes cria e como estes devem ser geridos.
Joana Rodrigues e Rita Machado, relatam-nos o European Money Quiz 2021 uma importante iniciativa europeia de Educação Financeira, dando-nos nota da boa prestação dos representantes de Portugal.
A rúbrica “Sector Bancário num Minuto”, do Centro de Estudos e Publicações da APB, apresenta-nos, como habitualmente, os principais indicadores de atividade do sector bancário, permitindo-nos verificar o papel fundamental desempenhado pelos bancos no apoio às famílias e às empresas e o reforço dos depósitos dos clientes, indicadores que evidenciam a consolidação da confiança no sector.
Acompanhando o movimento de resiliência do sector e de todos os que nele intervêm, o IFB mantem o vigor da sua atividade formativa, renovando continuamente a sua oferta através dos mais diversos canais. Continuamos a operacionalizar o pensamento de Benjamin Franklin: “investir em conhecimento rende sempre os melhores frutos”.
António Neto da Silva
CEO do IFB