Reportes de Sustentabilidade
ENQUADRAMENTO
O reporte de informação sobre a Sustentabilidade e os aspetos ESG (Environmental, Social and Governance) são uma preocupação crescente dos bancos e demais instituições financeiras, pelo menos desde 2015, ano em que as Nações Unidas adotaram os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e muitos países assinaram o Acordo de Paris. Em 2018, a União Europeia definiu como objetivo estratégico de longo prazo ser o primeiro continente neutro em carbono em 2050, reforçando a atenção sobre a Sustentabilidade e o respetivo reporte.
Para os bancos e outras instituições financeiras, esta ambição da União Europeia, sublinhada com o interesse crescente dos clientes e investidores, está a gerar uma crescente pressão regulamentar, que decorre de um amplo conjunto de novas obrigações, incluindo pesadas obrigações de reporte. O reporte de Sustentabilidade é particularmente desafiante, tendo em conta que é multidisciplinar por natureza e que se baseia num conjunto de informação e de métricas que, até recentemente, tinham merecido muito pouca atenção.
O objetivo desta formação é mitigar este gap, dotando todos os envolvidos no processo de reporte de Sustentabilidade de competências que lhes permitam colaborar na elaboração do reporte nesta área. Pretende-se também dotar os utilizadores – atuais ou futuros, da informação de Sustentabilidade disponibilizada pelo banco ou por outras empresas -, das competências necessárias para entender e analisar esta informação.
OBJETIVOS
Com esta formação pretende-se dotar os formandos da capacidade de:
- Identificar os principais reportes de sustentabilidade da União Europeia e a respetiva aplicabilidade
- Comparar os principais padrões de reporte da União Europeia e Internacionais
- Classificar operações de acordo com a taxonomia verde da União Europeia
- Calcular a pegada de carbono e outros indicadores de contabilidade de carbono na perspetiva das Instituições financeiras e das carteiras
- Contribuir para a elaboração dos vários reportes da área da sustentabilidade
- Contribuir para a elaboração do plano de descarbonização de uma Instituição Financeira
- Identificar os testes de stress climático e as respetivas metodologias e dificuldades
- Contribuir para a gestão da Sustentabilidade e do Risco Climático nas respetivas Instituições
DESTINATÁRIOS:
Colaboradores de instituições financeiras em geral, e de bancos em particular, designadamente os que:
- Colaborem nos processos de reporte ou de gestão da Sustentabilidade. Neste grupo de colaboradores estão incluídos não só os que têm responsabilidade direta no processo, mas também todos os que são chamados a contribuir no mesmo, como os da área de risco, áreas de negócio, reporte regulamentar, controlo de gestão, auditoria, área financeira, entre outros.
- Necessitem de analisar o conteúdo do reporte de Sustentabilidade.
PROGRAMA
- Sustentabilidade e Desenvolvimento Sustentável – Introdução
- Porque reportar a Sustentabilidade?
- Principais iniciativas de reporte de sustentabilidade e a sua inter-relação
- Taxonomia Verde da União Europeia
- A Pegada de Carbono e o PCAF – Partnership for Carbon Accounting
- SFDR – Sustainable Finance Disclosure Regulation
- CSRD – Corporate Sustainability Reporting Directive e ESRS – European Sustainability Reporting Standards
- CSDDD – Corporate Sustainability Disclosure Regulation e o Plano de Descarbonização
- Outras Iniciativas de Reporting (ISSB, GRI, Global Contact)
- Conclusão e Perspetivas de Futuro
FORMADOR: João Senos Gonçalves
É Master in Finance pela London Business School e licenciado em Gestão e Administração de Empresas pela Universidade Católica Portuguesa. É ainda certificado em Sustentabilidade e Risco Climático pelo GARP (Global Association of Risk Professionals). Tem uma experiência de mais de 20 anos na Banca, tendo passado pelas áreas de Contabilidade, Gestão de Risco, desempenhando funções como diretor destas áreas e como Diretor Geral de uma Unidade de Serviços Partilhados de um Grupo Financeiro. Tem igualmente experiência como consultor numa empresa multinacional da área da Banca. Foi responsável por vários projetos na área da Contabilidade e Gestão de Risco, incluindo o change-over para as Normas Internacionais de Contabilidade e implementação de Basileia II. Participou como orador em várias conferências sobre Gestão de Risco.
METODOLOGIA:
A metodologia de formação inclui sessões expositivas sobre os assuntos referidos no programa, alternadas com exercícios práticos sobre os vários reportes identificados.
DURAÇÃO: 12 horas (4 sessões de 3 horas)